EIXOS TEMÁTICOS
EIXOS TEMÁTICOS | 64º COBEM
Tema Central:
DIRETRIZES DA EDUCAÇÃO MÉDICA: AVALIAÇÃO E QUALIDADE A SERVIÇO DE TODA A SOCIEDADE
EIXO 1:
Diretrizes curriculares e responsabilidade social
Este eixo busca discutir como as novas Diretrizes Curriculares Nacionais podem orientar a formação médica no Brasil em sintonia com as demandas sociais e os princípios do Sistema Único de Saúde. Este debate abrangerá necessariamente a construção da identidade profissional do médico, o enfrentamento das iniquidades em saúde no país, da mesma forma que a valorização da interprofissionalidade e o papel das escolas médicas na redução das desigualdades sociais. Também se inserem nesse debate a formação para atuação junto a populações negligenciadas, a integração ensino-serviço-comunidade e os diferentes papéis desempenhados por instituições públicas, privadas e comunitárias, assim como o papel dos professores neste processo. Questões como a regionalização da formação, a inserção precoce do estudante em cenários reais de prática e a interiorização da graduação e da residência médica também deverão enriquecer a reflexão neste eixo.
EIXO 2:
Saúde digital, inovação e temas emergentes na educação médica
A rápida incorporação das tecnologias digitais na saúde e na educação vem trazendo tanto desafios quanto oportunidades para a formação médica contemporânea. Este eixo contempla temas como inteligência artificial, telemedicina, telessaúde, realidade virtual, o uso de simuladores de alta fidelidade e ferramentas digitais como apoio ao processo ensino-aprendizagem. Temas emergentes como a saúde planetária, as mudanças climáticas e a preparação para emergências sanitárias também integram o debate, ao lado de questões relacionadas à bioética e à segurança digital na formação e na prática médica. Além disso, serão discutidas estratégias para o envolvimento docente para potencializar a utilização dessas ferramentas de modo crítico e criativo, bem como as perspectivas de ajustes no ensino diante de um contexto de acelerada transformação.
EIXO 3:
Avaliação do estudante e das escolas médicas
Este eixo aborda a avaliação como instrumento essencial para a qualidade da educação médica, tanto em nível individual quanto institucional. Essa discussão inclui a análise de metodologias já consagradas, como o Teste de Progresso, além da avaliação de competências clínicas e habilidades comunicacionais, a utilização de portfólios e feedback. No campo institucional, abrange os sistemas oficiais de acreditação e regulação, além dos mecanismos internos de autoavaliação das escolas médicas. Neste contexto, também são centrais as discussões sobre a avaliação de estudantes com necessidades especiais, a avaliação da aprendizagem em diferentes cenários de prática e a formação de docentes e preceptores para o fortalecimento de uma cultura de avaliação, que seja ética e comprometida com o desenvolvimento do estudante e com as necessidades sociais.
EIXO 4:
Trajetórias da formação médica: graduação, residência médica e pós-graduação
A formação médica é um processo contínuo, que se estende da graduação às diversas modalidades de pós-graduação, sem esquecer da exigência de uma educação permanente sólida. Este eixo analisa a integração entre esses diferentes níveis, incluindo os processos seletivos para residência médica, as políticas de interiorização dos cursos de medicina e de programas de residência, além do papel estratégico da preceptoria e do desenvolvimento docente para uma formação de excelência. Também contempla temas como a interiorização da formação, o ensino na comunidade e a extensão universitária. As transições entre etapas formativas e as políticas de provimento e de fixação de profissionais em regiões de maior vulnerabilidade são igualmente centrais neste debate.
EIXO 5:
em-estar e saúde mental de docentes e discentes
Este eixo aborda um tema cada vez mais relevante necessário: a promoção do bem-estar e da saúde mental na formação médica. Inclui a análise de programas institucionais de apoio psicológico e pedagógico a estudantes, residentes e docentes, estratégias de prevenção do burnout, promoção da qualidade de vida e a criação de ambientes de aprendizagem saudáveis e inclusivos. Também são discutidas questões como assédio, violência psicológica, sobrecarga de estudo e trabalho, estresse acadêmico e o desejável equilíbrio entre vida pessoal e profissional. A valorização da cultura do cuidado, o desenvolvimento de competências emocionais, a implementação de políticas institucionais de acolhimento e apoio fortalecem este debate e apontam caminhos para uma formação que seja mais humana e sustentável.